25/10/2007

Hormônios...


[Foto: eu com meus irmãos (falta o MD)!! "Que outra maravilha seria assim tão maravilhosa comparada a beleza desses olhos que eu tanto amo?!"]
Hormônios, malditos sejam! :P

Um dia estou bem, outro dia não.

Agora, por exemplo, estou carente. Ontem precisei ligar pro Breno.

Tudo que fiz foi pensando em mim, pra tentar tornar tudo mais fácil.

Nada mudou o fato de que eu chorei hoje, dei as mesmas desculpas

para aquelas lágrimas antigas. Cansei definitivamente de dizer que é

culpa da alguém ou de algo. Agora a culpa é minha de não mudar pra melhor (Y)


Seja lá o que for, não chore por uma pessoa por mais de 2 anos.

Não diga a seus netos que foi preciso chorar tanto tempo pra lembrar que ele

foi realmente importante pra você ;) !!


Faça com que tudo termine e tenha fim no tempo certo, pra que o amor e as

lembranças realmente importantes fique sempre vivo em você, e que você não

precise lamentar, por ter lamentado todo esse tempo ;]


Se precisar realmente chorar, saiba reconhecer que a culpa é sua, que tudo isso

faz parte de seus hormônios, que a dor maior passou depois de termos passado

pelo tempo excedente ao acontecido, que o mais importante pra você mesmo, não

é só você no dia do seu aniversário, que todos os dias, não é seu novo namorado que

tem que te conquistar, e sim você, que tem que perceber, cedo ou tarde, que se não

for você a se amar, a confiar e festejar, de que adiantaria ter uma grande família e

muito amigos, se você for se sentir sempre sozinho, carente e vazio?!


Aprender a dizer "não", não envolve apenas dizer que acabou, é tomar conciencia,

de que realmente acabou, e não chorar escondido, sem rumo por ai =]

Amor próprio não envolve mentir pra si mesmo, nem se for por um tempinho, ou um

tempão! Seja lá como for, faça com que a sua vida fique valendo a pena, e que se for

pra fazer algo, que faça direito, que não mude daqui uns minutinhos, que não faça

outras pessoas sofrerem, que não pense na conseqüência apenas quando lhe convier,

mas que seja justo com aquele que te prometeu ser eterno enquanto dure ^__~


Seja você mesmo, mesmo que for preciso se esforçar a ignorar a sociedade,

mesmo porque, quando casamos, um dia chegamos em casa cansados, esquecemos a

máscara no carro e acabamos sendo nós mesmos, e então acabamos com nossos relacio-

namentos em alguns minutos de palavras ditas da boca-pra-fora. Mas acontece.
O que não seria verdade se você tivesse casado com alguém quando você estava sendo você.

Mas essas são coisas que eu digo com base no que eu penso, no que eu acredito. E mesmo

que você não concorde, ou até mesmo concorde, pouco me importa. Suas palavras ou

pensamentos são só mais alguns, mas suas ações te transformam em quem você é =D


Viva a felicidade! =**

2 comentários:

Arthur Lima dos Santos disse...

Me pergunto se sou só eu quem leio seu blog todos os dias...

ei, será que depois podemos conversar?
se não der tudo bem, eu te comprendo, demorei pra entender você totalmente, mas agora entendo...
*suspira*

Arthur Lima dos Santos disse...

Era uma vez...

Era uma vez uma menina que não sabia dizer 'eu te amo'.
Ela atravessara a vida assim e já nem era mais uma menina, mas por dentro era como ela se sentia: uma menina, uma menininha, que morria de medo de dizer 'eu te amo'.

Era só isso que ela sabia ou quase: que era uma menina e morria de medo de dizer 'eu te amo'. Não lembrava mais porquê, tão antigo era o medo, anterior mesmo ao primeiro amor, o longínquo primeiro amor sem 'eu te amo'. Lembrava que pensara que, justamente por ser o primeiro, não lhe cabia o 'eu te amo' que sentia como uma vontade de voz dentro de si. Mas, seguiram-se outros amores e a pequena frase mágica - suspeitava - não lhe saía...

Foi preciso mentir da primeira vez que disse 'eu te amo'... Dissera por medo de não dizê-lo jamais e também para testar-se dizendo 'eu te amo'. Não gostou: lhe soube falso e amargo. Então rompeu com esse amor e nunca mais repetiu a frase. Nunca mais. E tornou-se a menina que não sabia dizer "eu te amo".

Foi possível casar, ter filhos e muitos amantes. Foi possível ter uma vida perfeitamente normal que em nada destoava da vida de suas amigas que não se importavam em mentir quando diziam "eu te amo" ou nem sequer pensavam nisso quando repetiam a frase atribuíndo-a a um sem número de objetos. De fato, ela chegou a aprender com elas a conjugar o verbo amar em todos os tempos possíveis e relacionado às coisas mais comuns: "Eu amo meu celular", "Amei este vestido", "Amava aquela casa", e assim por diante... Quem a ouvisse poderia se surpreender com a facilidade com que dizia amar e encantar-se com tamanha generosidade.

Mas "eu te amo" dito assim com voz sussurrada e grave, olhos nos olhos, úmidos e siderados, "eu te amo" ela nunca mais tentou repetir. "E nem preciso", ela dizia para si, quando nos pouco momentos de genuína solidão se punha a pensar nisso, fingindo para si mesma já não sentir medo nem ser uma menininha. Era possível ser infeliz e sorrir - ela aprendera.

Não seria tão grave o caso, "eu te amo" é uma frase banal, ouvida quase o dia todo nas músicas tocadas nas rádios, nos diálogos dos filmes e novelas, sempre associada a situações trágicas ou rídiculas, que bem poderia passar sem ela. Mais até: passaria melhor sem ela - e sua recusa já lhe soava como uma espécie de superioridade.

Mas não seria tão grave o caso, eu dizia, se a menina que não sabia dizer "eu te amo" não fosse tomada por um súbito horror à Lua. O Sol já quase não fazia parte da sua vida. Durante o dia usava sempre óculos escuros e transitava apenas em ambientes refrigerados onde as janelas eram raras. E a Lua era-lhe até então indiferente: nunca se dera muito conta dela. Mas, de repente, sem nenhuma explicação, começou a sentir que a lua cheia a angustiava com a sua plenitude, que a lua nova a oprimia com sua ausência e que as formas que a lua ia tomando a cada noite no céu entre um e outro estado a inquietavam tão profundamente que já não se sentia mais capaz de amar as coisas que pensava amava.